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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma vontade de cinema

História, memória e época, não são a vida por quem viveu, mas a vida mediante um retrato de alguém, que ainda que particpante, não viveu integralmente o momento (porque há sempre algo além de um no momento) - o retrato não reconstitui a vida que passou. Leve escândalo, por achar que a afirmação despreza a imaginação, talvez. Mas a imaginação não é sempre mimética (?).

Uma vontade exploratória que cabe ao cinema, percebe que intenções fazem mais uso da narrativa conforme propósitos diversos do retratar. A história que temos por oficial, é freqüentemente uso narrativo dos fatos (como o cinema é também no uso da vida, que também contém fatos), mas a história no retrato e na relação dele com o espectador ativo permite verificar intenções de quem narra. Características, sentimentos e expressões fazem parte do que se encena, mas "Em potencial" está em busca do que há além disso, e além, nisso, afirmando um limite intransponível: o verdadeiro homem, de todo, desconhecido até do próprio, é inacessível – e não existe de fato o coração romântico nas coisas, ideal. Pela superfície identificar o que é subterrâneo e subcutâneo - pois isso não é função só do e de um cinema.

A história é um índício da vida. A memória contém a vida imitada, mas só expressa pode deixar de ser privativa individual, e aí referenciar vida. A época foi/é a vida referenciada por uma série de tempo. Um filme pode assumir isso.

Pode também, pela busca humana no passado, por outros recursos além dos citados, identificar, cogitar, imaginar (pronto, chegou o momento). Por exemplo, o que a política nos dá sobre o humano passado? Política, não é só a esfera superior do governo, mas o relacional que demandou um outro. Em extremidade, uns, e na outra, quais os outros?

J.M. outro morador da Vila Mussolini, confirma a informação da Prefeitura, dizendo que lembra da abertura das ruas do bairro na década de 20. E tudo leva a crer que, de fato, a Vila Mussolini foi loteada nesta época e que o loteador pretendeu homenagear o então já ditador Benito Mussolini, líder fascista italiano. - "São Bernardo, seus bairros, sua gente" - Ademir Médici

Entre as cenas resgatadas pelo "Museu de Rua" estão a visita do presidente Getúlio Vargas à São Bernardo, em 1943; (...) - http://www.saobernardo.sp.gov.br/comuns/pqt_container_r01.asp?srcpg=noticia_completa&ref=3356&qt1=0

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